Na imagem abaixo, podemos visualizar esse conector que utilizamos para construir redes industriais MODBUS RTU, o qual possui um cabo muito curto e uma base cinza para fixação em trilho DIN. Por isso, é imprescindível que seja previsto espaço físico ao lado do CLP durante a montagem de quadros elétricos:

Esse conector é composto por um terminal removível laranja, o qual possui os contatos de aterramento do chassi, interligação à malha de aterramento do cabo, terminação e sinais de comunicação A, B e COMUM, conforme a imagem abaixo. É importante ressaltar que redes MODBUS usualmente são desenvolvidas para ambientes industriais e distâncias consideráveis, o que demanda o uso de cabos blindados específicos para evitar erros de transmissão.

Por meio do Allen Bradley 1763-NC01 é possível formar redes MODBUS RTU, sendo que o Controlador Lógico Programável pode ser configurado como Master ou Slave. Na configuração Master, o CLP pode controlar e monitorar dezenas de inversores de frequência Allen Bradley/Rockwell Powerflex, ler centenas de dados de um Power Meter (multimedidor de grandezas elétricas), entre inúmeras outras aplicações. É importante ressaltar que o cabeamento dos dispositivos deve seguir a tipologia de barramento abaixo, não sendo permitida a interligação de dispositivos em estrela, conforme a imagem abaixo.

Para evitar reflexões de onda, segurança e nível de tensão de referência adequado, os cabos da rede MODBUS devem ter a blindagem aterrada em uma das pontas (borne 1) e resistência de 120 ohms entre os sinais A e B (conexão entre os bornes 5 e 6 ou resistores externoswe), conforme a imagem abaixo:

Após a instalação do conectores e cabeamento entre os dispositivos da rede MODBUS, é necessário configurar o canal de comunicações n° 0 no ambiente de desenvolvimento RSLogix 500, sendo imprescindível que o controle da linha seja estabelecido como "No handshaking (485 network)":

Por meio de arquivos de dados do tipo mensagem "MG" e instruções "MSG" (Read/Write Messages), é possível ler dados de inversores (bits de status, corrente de saída, tensão de saída, potência, tensão do barramento, entre outros) Allen Bradley Powerflex de maneira muito simples por meio de comandos MODBUS de leitura de registradores Holding (função n° 03). No exemplo abaixo, programamos um CLP Micrologix 1400 para executar o arquivo Ladder INV_EVA2_R a cada segundo para ler informações de tensão, corrente, status e potências de um inversor de frequência Allen Bradley PowerFlex 525 referentes aos registrados n° 8448 a 8454 conforme o manual dos inversores de frequência:

No arquivo de mensagem MDG21:12, podemos visualizar o endereço do arquivo de dados do CLP onde os dados serão armazenados, o endereço MODBUS do dispositivo assim como o endereço do registrador inicial e o quantitativo de bytes lidos do dispositivo Slave:

Ainda, também é possível o envio de parâmetros operacionais aos inversores para estabelecer as condições de funcionamento (partida, parada, sentido de rotação, entre outros) e, principalmente, a frequência de referência em Hz, o que permite total controle do inversor pelo CLP por meio de um barramento digital muito robusto. Por meio do arquivo Ladder abaixo INV_CMDS, dois inversores de frequência em uma aplicação de refrigeração são controlados pelo software do CLP:

No arquivo de mensagem MG21:5 abaixo, temos as informações referentes à comunicação de controle dos dois inversores Allen Bradley PowerFlex 525: